Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
ESTRELA-GUIA


Os meus versos são escândalos psicodélicos, e esbanjam do aprofundamento da loucura; onde o delírio das borboletas coloridas supre a minha agonia de me estrelar nas luzes dos luares de Copacabana... Entre as vibrações cosmológicas dos universos infinitos, vou desabotoando as minhas ilusões materiais, e vou construindo uma espinha dorsal espiritual sob a minha alma essencialmente sofredora de dores infindas... De onde vem esta energia espiritual que me guia nestes meus transtornos da mente? Onde encontro guarida para compor o meu universo artístico, ainda que as torrentes de águas obscuras me enlameiem?
Os frutos das minhas composições poéticas são uma variedade de tulipas, que representa toda a beleza contida no universo das constelações... E se sobrevivo nas correntezas das tempestades oníricas, é porque uma intensa luz da justiça conduz e supervisiona os meus ideais literários e artísticos em prol da evolução da nossa humanidade... Todas as oscilações das madrugadas em constante produção literária e artística são conduzidas pela lucidez jurídica de um Espírito Superior, que me inspira e me intui na realização e na efetivação do meu trabalho artístico... Mas confesso que não tem sido fácil a edificação da minha produção artística, ainda que a minha estrela-guia ilumine os meus pensamentos... É nas mansões infinitas do meu padecer, que tenho imaginado e planejado o universo da minha teatralização artística... E como sofro...
Têm dias que passam em branco, como se a natureza das idealizações estivesse plastificada no tédio: penso nos Onirismos das constelações criativas; mas a inspiração por si só não é suficiente para o fazer artístico – peço o divórcio do meu computador, e vou estudar o que me der na telha... Aguardo (ansioso) o meu retorno inefável aos sonhos azulados das minhas insólitas artes pungentes... Os lábios da minha paixão algemada é um capricho indelével da minha imaginativa bipolaridade... E que ventos translúcidos têm sobrevoado os meus instintos caleidoscópicos, fazendo de mim uma ingente máquina de subjetivações, construindo as personagens mais propícias de contradições... E é justamente nas contradições que o objeto da lucidez onírica se apresenta de forma exuberante e límpida... Flores germinam...
Não tenho sede de sucesso; mas tenho sede de justiça: sonhar com um mundo mais humano tem sido o estandarte da minha arte – quero revolucionar o ser social! Os veleiros das minhas personagens do meu Teatro da Loucura navegam por oceanos dos nossos enlouquecimentos sociais, abordando as contravenções do aparelho mental de pessoas em situações as mais diversas possíveis... Fica o mundo melhor quando se mostra o comportamento patológico do ser social, que aparentemente tem uma postura normal ou convencional... Os meus lírios brancos são delírios pretos, contrastando com as adversidades pós-modernas... E sendo um ingente sonhador, sei que o sonho é a ponte à realidade... E constatar esta verdade é me debruçar no gozo da criação artística, ainda que não receba remuneração alguma para executar o meu trabalho humanístico...
Enquanto eu viver, que eu possa acordar e realizar o meu fazer artístico, ainda que eu não seja compreendido nesta conflitante pós-modernidade... Que os meus delírios e os meus impulsos estigmatizantes sejam sempre metamorfoseados na arte mais refinada – de um purismo rigoroso e translúcido... E que a minha estrela-guia me conduza até o último dos meus dias, nesta intensidade interplanetária da minha arte pungente... E as deliciosas paisagens das pinturas surrealistas são subsídios para a minha pintura Livre-expressionista, onde a mediunidade aguçada está sempre presente...
A minha arte representa um amor dos apaixonados pelas transformações sociais, uma delicadeza de um minúsculo beija-flor e uma serpente venenosa imbuída de exterminar com as ilusões da matéria, germinando a esperança de uma realidade cósmica espiritual plenamente absorvida por todos os povos da nossa humanidade terrena...







FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Alterado em 18/09/2010
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