PERDÃO
Vergam-se os cílios
Nos cálices do arrependimento
Emborcam vis jornadas
Embrutecidas no tédio doentio
Propiciando suspiros envergonhados de dores
Ó como mutilei o coração
De uma princesa endoidecida nas drogas!
Uma fervura de miolos
Numa relatividade de momentos
Principia o meu remorso cruciante de constrangimento:
Se eu preciso te pedir perdão
Que seja genuinamente poética a constatação...
Poema pungente pode pedir perdão?
(por Fernando Gomes)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 27/09/2010