SEPARAÇÃO
E as flores turvas
Estilhaçavam as ilusões
As mesmices cotidianas
Versavam lírios como delírios
Que se apressavam no embuste das dores
Versões madrugadoras
Imbuindo as nuanças do tédio
Carrosséis de ilusões
Perpassavam as paisagens
Desniveladas no dorso das paixões
Mansões negras infinitas
Alimentavam as nossas desesperanças
E os olhares pervertidos
Desencontravam as luzes do porvir
Num desequilíbrio de almas cegas suplicantes:
Um presépio dos deuses
Rompeu o elo dos grandes amores...
(por Fernando Gomes)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 27/09/2010