Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
MISTÉRIO SOLAR


Pode um poema
Desfrutar das desavenças desastrosas?
Onde encontrar a minha guarida
No irreflexível descaso...?

O poema nasce.
Talvez a lunática convergência tresloucada
Possa inebriar os azulecentes dos véus
Nos engodos dos suportes...
Os meus versos
Transferem a minha energia enigmática de eletricidade;
Mas o influxo da agonia indolente
Arrefece o amor...

Os mistérios solares
(translúcidos à mitologia grego-romana)
Sondando os deuses da antigüidade
Como uma instintiva prece...

O engodo do desamor
Desvanece o útero da ilusão degringolando-se;
Mas os despojos usáveis da puerilidade
Reativam o meu inlúcido gozo...
Descrevo no meu poema
Os grandes amores em desafetos emocionais,
E o desvio delirante e ignóbil
É a minha encosta...


II

As luzes solares
Transpassam as janelas da minha alma exaurida;
Mas a indisplicência do meu fado
Culmina-me nesta dor...

Estes raios fúlgidos
Como se o meu espectro me transportasse escarnecidamente.
Sair do corpo e nunca mais voltar
São indóceis fronteiras...
Quem te disse
Que compor um poema é etérea inspiração?
O transporte da desolação vil
São doridas barreiras...

E como compreender
A fascinação translúcida da criação poética?
Tudo é bucólico e eufórico
Nos meus silêncios solares acústicos...

(por Fabiano Montouro)










FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 24/09/2010
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