FOGOS COLORIDOS
Os céus são coloridos
No poema que nasce depravado,
Pois a história é robusta
E enovela o ébrio...
Os fogos coloridos
Transpassam os olhares neutralizados;
Mas a insistência mecânica
Encobre o lúdico...
O poema (num lampejo)
Atravessa a lamúria do verbo,
Pois a paixão semântica
Engloba o verso...
Fulgores clarificantes
Na inconstância lunar inebriante dos meus versos;
Mas não desencadeio o teu clamor
Pra tomar o teu vinho...
Os meus versos
Perpassam os teus mares atolados no tempo,
Pois uma matéria inquebrantável
Dissolve-se em tsunamis...
Luzeiros de foguetórios
(na intolerância do substrato factual)
Podem submergir na deselegância
Dos louvores desolados...
(por Fabiano Montouro)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 24/09/2010