FLOR AZUL
Uma madrugada gélida
Aventura-se sobre a febre exposta;
Mas o meu desprendimento
Inebria os ventos...
O poema nasce
Parindo versos verídicos e velados,
Pois a temática descreve
O fado indigesto.
A flor azul
Testifica o manuseio mórbido;
Mas a tentativa de expô-la
Desnuda o verbo...
Presságio de liberdade
(nas encostas dos alambiques céticos),
Pois desafinam as galhardias nos olhares turvos
No elo das ingentes paixões...
Os coloridos azulecentes
(da flor azul delirante e indisposta)
Perpassam os devaneios distorcidos dos ébrios
A minha poesia
Desfaz-se das lógicas impertinentes...
(por Fabiano Montouro)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 23/09/2010