Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
ALERTA GERAL



Reencontro no espectro
A minha incapacidade nominativa,
Narrando um suplício ingente e incandescente
Nos respingos pós-orvalhados;

Mas o poema nasce
Desnorteado desfazendo deslumbres,
Pois o desafeto distorcido
Destrói as dálias...
O silêncio dos lábios da noite
Obscurece a linguagem ecumênica;
Mas os mártires das turvas Democracias
Cumprem o ensejo...

O meticuloso alerta geral
Suspendeu o suspiro do sepulcro;
Mas o indócil naufrágio
Flui à ilha...

As nuances dos versos
Dilaceram desdobramentos indirigíveis;
Mas a ventania te vislumbra
No teu gozo sensual.
Estraçalho em meus abraços
O esforço famigerado da ganância;
Mas perpasso o disfarce vil
Na gula mísera...


II

Aperto o cinto
Na trajetória crucial indelével da vida,
Pois o sortilégio macabro
Tripudia a minha glorificação

Descoberto o Sistema,
Eu confabulo com as arestas insensatas;
Mas a coagulação na Nação
Compacta o óbvio...
Espero o verde declive
Da esperança entorpecida em desamor,
Pois a vítima do acesso irreal
Atropela o Bem

Acredito no nupcialismo
Desfazendo a virgindade das noivas
Pois os olhares despertamente subconscientes flagram
O interlúdio dos amores carnais

E esta cor amarelecida
Denuncia a monotonia entediada,
Pois na espessura do deslize indesfrutável
Dissipam-se todas as nossas graças...

(por Fabiano Montouro)






FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 23/09/2010
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