Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
CORAÇÃO FAMINTO


Procurei a liberdade;
Mas encontrei o desafeto intolerante
Nos arredores da miséria
Ceifando o nada

O meu coração faminto
Desfaleceu desventurado e desnutrido,
Pois a leitura inviável do ego
Impõe sujeição.
Desfiz-me da evidência
Em atender o espectro da linguagem;
Mas o protesto da semântica
Refaz o vernáculo

Abusei da sorte
(na dissidência inviolável dos gestos);
Mas a inviabilizei nos meus vasos quebrados
Nos miolos das pétalas

Atravessei o dilema
Da liturgia do signo intransponível;
Mas a inviabilidade intrépida grotescamente
Perfura o óbvio.
Admito a saudade
Afundando o cadáver esperneado;
Mas a atrofia da distância algoz
Desafina as paixões

(por Fabiano Montouro)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 23/09/2010
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