NEVOEIRO
Um frio gélido
É um desfrute amargo
As luzes da cidade
Encobertas de alvas névoas
Como um presépio louco bizantino
Ó este meu nevoeiro
São pingos de flocos róseos!
E as imagens perplexas
Das prostitutas ébrias e tristonhas
São prostíbulos esvaziados na invernada:
E os nublados pensares
São cordilheiras com os dejetos
Num orvalho orgástico...
(por Fernando Pellisoli)
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 22/09/2010