Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
ESCOLA DA VIDA
Dizem que o Rio de Janeiro é a escola da vida. Que tudo o que acontece no mundo passa pela cidade maravilhosa. Não importa o acontecimento, se é fato acontecido já passou pela odisséia carioca. Eu mesmo (que sou gaúcho) já vivi uma década no Rio. E pensando bem, acho que a escola da vida é carioca. Todo o mundo passa pelo Rio de Janeiro e nunca mais se esquece de tudo que acontece no solo carioca.
Pra quem gosta de novidades está no caminho correto se estiver se encaminhando para o Rio. Tudo é possível acontecer no Rio de Janeiro. Pois o mundo inteiro está na cidade maravilhosa. E os cariocas são muito hospitaleiros, fáceis de fazerem amigos. Ninguém morre de fome nesta cidade de sonhos, pois sempre tem alguém disposto a fazer caridade. E o Rio é assim mesmo com seu colorido e suas nuances cheias de curvas.
As mulheres cariocas são, indubitavelmente, as mulheres mais lindas do mundo, pois as praias cariocas ensolaradas demonstram e constatam esta verdade. O fio dental e os seios desnudos apresentam as mais belas formas do planeta. Que mulheres circulam nas areias quentíssimas de Copacabana! É um dos atrativos do Rio de Janeiro, apenas um dos mais variados atrativos desta cidade privilegiada. Eu, que fui casado com uma carioca linda, tenho saudades do meu tempo de cidadão carioca.
Dos homens, as cariocas costumam falar que eles são interessantes, charmosos e musculosos. Que, também, atraem os turistas. A este particular eu não opino, pois teria que ser um homossexual para ficar me entusiasmando por homem.
As praias, com seus morros e seus rochedos, são maravilhas inenarráveis. Das que me são conhecidas, eu posso citar: Barra da Tijuca; Recreio; Praia da Urca; Praia Vermelha; Praia do Flamengo; Praia de Botafogo; Praia do Leme; Praia de Copacabana; Praia do Arpoador; Praia de Ipanema; Praia do Leblon... E tantas outras que eu não conheci. A praia de Copacabana é a minha preferida, pois foi no bairro de Copacabana que eu morei por quase uma década. E onde eu conheci o meu grande amor e musa inspiradora da minha poesia.
E os dois bondinhos do Pão de Açúcar? Enquanto um sobe o outro desce. E sobem e descem sempre lotados de gente extasiada com as belezas turísticas do Rio de Janeiro. Eu confesso que nunca tive coragem de me aventurar no passeio dos bondinhos. Sempre me pareceram muito frágeis e perigosos. Na verdade, minha mulher carioca nunca me convidou para subir no Pão de Açúcar. Eu acho que ela também tinha medo. Mas eu não sei, pois nunca falamos no assunto.
Não poderia deixar de falar no Cristo Redentor, pois é uma das dez maravilhas do mundo moderno. Que fascinante monumento! Quem vai visitar o Rio de Janeiro é obrigado a subir no Cristo Redentor e se apaixonar com a visão estonteante da cidade maravilhosa.
E as escolas de samba do Rio de Janeiro? Será que tem coisa igual no mundo? Temos imitações mundo afora, nada alem disso. As baterias, as alas das baianas, as alas dos artistas, os puxadores de samba como Jamelão, Negrinho da Beija Flor, os fantásticos carros alegóricos tão deslumbrantes!... A minha deusa carioca teve a oportunidade de desfilar em cima de um carro alegórico e, na verdade, não vou negar, morreu de medo. Eu fiz a cobertura do carnaval carioca, como jornalista de jornal, e pude apreciar tanto o carnaval de rua bem como o carnaval de clube do Chico Recarey.
O Rio é escola da vida em todos os sentidos. As favelas são dominadas pelos traficantes de droga. E a polícia não tem condições de enfrentar a mão pesada do tráfico, ou não tem interesse em acabar com os traficantes: tudo é uma questão de politicagem! Mas o povo favelado recebe apoio financeiro da elite do tráfico, que, em épocas de guerra, defende o rei do morro com unhas e dentes.
(O mundo da homossexualidade é grande no Rio. É tão grande que uma vez um puto me disse: “aqui não tem essa de não dar a bunda. Aqui no Rio todo o mundo dá à bunda: os artistas dão à bunda!”. Eu fiquei tão impressionado que quase dei a minha bunda. Foi por pouco, mas tive a sorte de conhecer a minha carioca da gema. E, então, não dei a minha bunda para os homens; só pra ela – que era a minha mulher! Risos.)
A prostituição é desenfreada na cidade maravilhosa. Ela está em todos os lugares, em todas as classes, em todas as favelas e em todos os condomínios de luxo. Os travestis desfilam nus pelas ruas sob os aplausos do povo abestalhado. Artistas famosos pagam garotos de programas para realizarem sonhos de volúpia. O Rio, na verdade, está infestado de bordéis com prostitutas especializadas em vender prazer. E as próprias saunas são encontros amorosos e sexuais que rolam normalmente no cotidiano carioca. Sem falar nos cinemas pornográficos...
Eu só estudei o primário na escola da vida. Sei que milhões de outras coisas aconteciam e acontecem no Rio de Janeiro. Não foi pretensão minha descrever a cidade maravilhosa por inteiro. Apenas tive o intuito de, num lampejo, cristalizar alguns momentos inusitados que eu vivi no Rio. Apesar de tanta maluquice, eu confesso: sinto saudades de Copacabana!
Dizem que o Rio de Janeiro é a escola da vida. Que tudo o que acontece no mundo passa pela cidade maravilhosa. Não importa o acontecimento, se é fato acontecido já passou pela odisséia carioca. Eu mesmo (que sou gaúcho) já vivi uma década no Rio. E pensando bem, acho que a escola da vida é carioca. Todo o mundo passa pelo Rio de Janeiro e nunca mais se esquece de tudo que acontece no solo carioca.
Pra quem gosta de novidades está no caminho correto se estiver se encaminhando para o Rio. Tudo é possível acontecer no Rio de Janeiro. Pois o mundo inteiro está na cidade maravilhosa. E os cariocas são muito hospitaleiros, fáceis de fazerem amigos. Ninguém morre de fome nesta cidade de sonhos, pois sempre tem alguém disposto a fazer caridade. E o Rio é assim mesmo com seu colorido e suas nuances cheias de curvas.
As mulheres cariocas são, indubitavelmente, as mulheres mais lindas do mundo, pois as praias cariocas ensolaradas demonstram e constatam esta verdade. O fio dental e os seios desnudos apresentam as mais belas formas do planeta. Que mulheres circulam nas areias quentíssimas de Copacabana! É um dos atrativos do Rio de Janeiro, apenas um dos mais variados atrativos desta cidade privilegiada. Eu, que fui casado com uma carioca linda, tenho saudades do meu tempo de cidadão carioca.
Dos homens, as cariocas costumam falar que eles são interessantes, charmosos e musculosos. Que, também, atraem os turistas. A este particular eu não opino, pois teria que ser um homossexual para ficar me entusiasmando por homem.
As praias, com seus morros e seus rochedos, são maravilhas inenarráveis. Das que me são conhecidas, eu posso citar: Barra da Tijuca; Recreio; Praia da Urca; Praia Vermelha; Praia do Flamengo; Praia de Botafogo; Praia do Leme; Praia de Copacabana; Praia do Arpoador; Praia de Ipanema; Praia do Leblon... E tantas outras que eu não conheci. A praia de Copacabana é a minha preferida, pois foi no bairro de Copacabana que eu morei por quase uma década. E onde eu conheci o meu grande amor e musa inspiradora da minha poesia.
E os dois bondinhos do Pão de Açúcar? Enquanto um sobe o outro desce. E sobem e descem sempre lotados de gente extasiada com as belezas turísticas do Rio de Janeiro. Eu confesso que nunca tive coragem de me aventurar no passeio dos bondinhos. Sempre me pareceram muito frágeis e perigosos. Na verdade, minha mulher carioca nunca me convidou para subir no Pão de Açúcar. Eu acho que ela também tinha medo. Mas eu não sei, pois nunca falamos no assunto.
Não poderia deixar de falar no Cristo Redentor, pois é uma das dez maravilhas do mundo moderno. Que fascinante monumento! Quem vai visitar o Rio de Janeiro é obrigado a subir no Cristo Redentor e se apaixonar com a visão estonteante da cidade maravilhosa.
E as escolas de samba do Rio de Janeiro? Será que tem coisa igual no mundo? Temos imitações mundo afora, nada alem disso. As baterias, as alas das baianas, as alas dos artistas, os puxadores de samba como Jamelão, Negrinho da Beija Flor, os fantásticos carros alegóricos tão deslumbrantes!... A minha deusa carioca teve a oportunidade de desfilar em cima de um carro alegórico e, na verdade, não vou negar, morreu de medo. Eu fiz a cobertura do carnaval carioca, como jornalista de jornal, e pude apreciar tanto o carnaval de rua bem como o carnaval de clube do Chico Recarey.
O Rio é escola da vida em todos os sentidos. As favelas são dominadas pelos traficantes de droga. E a polícia não tem condições de enfrentar a mão pesada do tráfico, ou não tem interesse em acabar com os traficantes: tudo é uma questão de politicagem! Mas o povo favelado recebe apoio financeiro da elite do tráfico, que, em épocas de guerra, defende o rei do morro com unhas e dentes.
(O mundo da homossexualidade é grande no Rio. É tão grande que uma vez um puto me disse: “aqui não tem essa de não dar a bunda. Aqui no Rio todo o mundo dá à bunda: os artistas dão à bunda!”. Eu fiquei tão impressionado que quase dei a minha bunda. Foi por pouco, mas tive a sorte de conhecer a minha carioca da gema. E, então, não dei a minha bunda para os homens; só pra ela – que era a minha mulher! Risos.)
A prostituição é desenfreada na cidade maravilhosa. Ela está em todos os lugares, em todas as classes, em todas as favelas e em todos os condomínios de luxo. Os travestis desfilam nus pelas ruas sob os aplausos do povo abestalhado. Artistas famosos pagam garotos de programas para realizarem sonhos de volúpia. O Rio, na verdade, está infestado de bordéis com prostitutas especializadas em vender prazer. E as próprias saunas são encontros amorosos e sexuais que rolam normalmente no cotidiano carioca. Sem falar nos cinemas pornográficos...
Eu só estudei o primário na escola da vida. Sei que milhões de outras coisas aconteciam e acontecem no Rio de Janeiro. Não foi pretensão minha descrever a cidade maravilhosa por inteiro. Apenas tive o intuito de, num lampejo, cristalizar alguns momentos inusitados que eu vivi no Rio. Apesar de tanta maluquice, eu confesso: sinto saudades de Copacabana!
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 20/09/2010
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