TRAÇOS ABSTRATOS
Discursos antológicos desapropriam a minha ingente imaginação criativa, onde os sonhos psicodélicos me são impostos por uma vida pétrea; ativando os traçados do meu abstracionismo surrealista... Ainda que os sóis sejam estrelas vistas por uma visão longitudinal, os meus reflexos, em desacordo com as minhas complexidades compulsivas de dores psicológicas infindas, motivadas por uma histérica hexapolaridade gravíssima, são impulsividades artísticas mentecaptas como se os mares não fossem os oceanos, como se as luzes não fossem dos dias e as noites não fossem das trevas – as noites são crianças lucíferas confortavelmente multiplicadas de desejos materiais implacáveis, eufóricos e insaciáveis... E os meus astros se recusam a participar das fenomenalidades extrapoladas da minha doença mental, pois a genialidade de uma inteligência de escol multifacetada tem sido os princípios fundamentalistas das minhas artes...
Não poupo espaços abstracionistas para desenhar os meus traços marcados por uma loucura escarpada; mas ser o Poeta da Loucura e o precursor do Teatro da Loucura não me faz menos inteligente – ao contrário do que todos possam vir a pensar, adianto que sempre fui aluno nota dez (do primário ao academicismo); pois o meu Distúrbio de Humor não altera a minha ingente capacidade de pensar, sendo, ao contrário do que possam pensar, um trampolim precioso aos meus labirintos criativos do meu subconsciente... Vim para revolucionar... Metamorfosear as escuridões culturais dos preconceitos em luminosidades estelares das conceituações das minhas praticidades cotidianas, onde estes meus filhotes das mentalidades ignorantes são gravetos que uso para incendiar as nocividades perniciosas da matéria... Os galhos envergados das inverdades sociais são múmias faraônicas, onde os segredos maçônicos (por magia negra) subvertem a ordem das coisas divinas – e que serão destes dementes e verdadeiros doentes mentais (com espíritos deformados) depois do processo de regeneração do planeta Terra?
Eu nado por outros mares, nesta filosofia espiritista, comandando os tubarões adestrados à revolução pacifista do meu Sistema Ecomunitarista, onde os ricos viverão sempre harmônicos com os pobres – devido a uma distribuição de renda justa e equilibrada... E as construções dos edifícios sociológicos, num Ecomunitarismo ecológico, somarão os esforços das massas oprimidas num alvo grito puramente espiritualista dos princípios fundamentais de um fenômeno concretista de Liberdade... Os destroços capitalistas serão queimados pela Inquisição dos legítimos Direitos Humanos, numa demonstração pós-modernista de novos luares...
O ato de pensar é uma bolha viscosa da utopia para a maioria das pessoas; mas os grandes artistas revolucionários encarnam, na Terra, imbuídos de uma viril predestinação incontestável de metamorfosear as conceituações caducas e ultrapassadas dos sistemas caudilhos... E a minha linguagem poética é pretensiosamente revolucionária, e sempre será comprometida em denunciar as deformidades criminosas do pensamento humano; pois se o Bem e o Mal existem, só é preciso saber escolher – eu escolhi o amor das estrelas incandescendo este meu pensar com luzes etéreas, onde, durante toda a minha existência, eu poderei compartilhar o meu idealismo benevolente aos povos necessitados...
Indomáveis traçados abstracionistas desenham esta minha geografia do amor, onde as máscaras do pudor são arrancadas abruptamente, numa sensibilização espiritista comumente assombrosa de encantos líricos, abordando um estrelismo ao sepultamento das trapaças desumanas e, visivelmente, cotidianas... O que importa este silêncio cego desta ignorância coletiva, enquanto os malfeitores gozam dos privilégios de irmãos maçônicos, se Deus observa os passos da nossa humanidade: e se eu – o artista que sonha – sei que sonhar não é pecado, pois o sonho é a ponte à realidade...
Quando os mafiosos descobrirem o teor desta minha infinita inteligência, tentarão comprar estes meus alvos pensamentos; mas, de acordo com os meus princípios filosóficos espiritistas, eu não estou à venda; nem os meus intelectualizados pensamentos... “A Guaíba FM toca o que você gosta de ouvir” (propaganda gratuita), e eu canto o meu hermetismo-abstrato-surrealista... E que se espalhe o Livre-Expressionismo mundo afora!...
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 20/09/2010