Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
ILUSÕES MATERIAIS


Você pode sonhar em ser o esplendor de uma estrela, ainda que os teus olhos não vejam a cor do arco-íris, ou a tridimensionalidade das opacas ventanias dos labirintos do meu subconsciente... Você pode ser tudo que a tua emoção compor no universo dos meus versos pungentes, suando e atravessando os pântanos das angústias entediadas... Não limite os teus horizontes com crendices populares nos desdobramentos circunflexos da razão: seja ousado e invente o teu tempo diferenciado de orgulhosas quimeras... Os sonhadores ultrapassam a lógica das coisas, e inventam uma nova estética dos amanheceres perversos... Mas não seja um guerrilheiro do exército das ilusões materiais, como se a tua alma não fosse as tuas respostas insondáveis...
Submissões aos prazeres materiais não são atitudes de uma complexidade pellisoliana, ainda que os teus gostos apurados te elevem; jamais poderá encontrar a paz desejada nos precipícios dos abissais frívolos da matéria em processo de decomposição: é este o ponto, as ilusões materiais são percursos provisórios usáveis; mas não complementam o estágio do aperfeiçoamento espiritual – a ética de um alto padrão intelectual e psicológico são chuvisqueiros das emoções meditativas da impoluta metafísica... Desembaraçar sentimentos perfumados nos venenos das ilusões materiais é subterfúgios dos mistérios espirituais, atuando nesta espinha dorsal destas agonias balasquiadas de borrifos... Como alcançar a idealização da felicidade provisória, pois tudo que é material é momentâneo, se eu não posso modificar a minha condição de sonhador medíocre? Que os teus sonhos possam despertar, no âmago do teu aparelho mental, o fascínio de uma espiritualidade que seja sinônimo do amor caridoso – quase predisposto ao corredor circunstancial dos princípios fundamentalistas da felicidade eterna – no seio materno na inconfundível Eternidade...
Silenciados estão todos estes teus desejos materiais, ainda que o sofrimento o persiga de perto; pois a pureza da libertação espiritual está na depuração dos teus equívocos existenciais – como se as estrelas não fossem os teus alvos sóis incandescentes, ofuscando as madrugadas... Entre em contato com as políticas das intervenções emocionais, adicionando a poesia do amor amplo e irrestrito, sendo mais forte que as descriminações das agressões físicas daqueles que ainda contemplam as bestialidades gestuais do mal... Perigosas diligências iradas da obscura maldade proliferam publicidades orgásticas das ilusões materiais, onde os teus deleitosos sentimentos, encorpados de ânsia, são negros entorpecimentos embebidos no ópio das religiões céticas e materialistas; difundindo as alienações coletivas...
Desmedido deve ser o teu tempo de ser no espírito, afugentando o gozo dos prazeres materiais efêmeros; pois estamos neste caldeirão chamejante terreno exatamente para queimar as imperfeições do nosso espírito – ainda que os nossos desejos fantasísticos não sejam realizados, estamos a ter compensações uma vez que nos livrarmos das nossas imperfeições espirituais... Sejamos só altruístas ao invés de seres agourentos, egocêntricos e egoístas; pois enquanto houver tempo sobrevoando as nossas cabeças de vento, haveremos de ter novas oportunidades de saber...

FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 20/09/2010
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