Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
À UMA LINDA GAÚCHA


Ter-me envolvido em teus abraços, superando as minhas grosserias de poeta rejeitado, deverá de excitar-te sensualmente; pois tu és uma bonequinha vibrante – com uma pele amorenada, sublime, macia e aveludada, que indubitavelmente, me fez subir pelas paredes... E a tua elegante mimosidade, com uma escultura esguia e longilínea, equilibrando-se num rosto delicado e expressivo, me fez compreender a formosura de mulher que tu és... E saber que a minha figura máscula, de homem interessante, te agrada por demais; já é uma constatação positiva de um possível relacionamento amoroso...
Tu és meiga, graciosa, cheirosa e gostosa de comer até o caroço: sou um homem experiente com mulheres de todos os tipos; talvez seja por isso que eu saiba perceber a doçura de mulher feminina que tu és... A tua presença charmosa me é muito excitante, tanto que me perco nos labirintos do meu subconsciente (ainda que seja o poeta da loucura), e fico sempre com vontade de te fazer um chamego, de te abraçar e te beijar loucamente... Sei que são uma loucura estes sentires exuberantes, ainda mais por motivos óbvios: ainda a pouco é que passamos a nos conhecer... Mas o amor sempre nos pega de surpresa, sem avisar-nos... E penso que há nossa hora é agora, neste instante atemporal, pois os sortilégios da vida material sempre nos obrigam a rejeitar o inevitável, quando a dramaticidade existencial nos diz não...
Tu sabes que eu sou um artista temperamental, das bases e revolucionário; quanto a isso nada posso fazer... Prometer-te fundos e mundos para tê-la nua no meu leito amoroso; não é do meu feitio... E nem estou em condições de sustentar quem quer que seja... Só posso te oferecer, no momento, o meu amor, o meu carinho e muitos orgasmos... É evidente, que se nos tornarmos amantes, e eu enricar com a minha arte; não deixarei de ajudá-la – se precisar... Mas este assunto envolvendo dinheiro é muito chato; não sendo preciso afirmar que te ajudarei – sempre que puder...
A tua feminilidade mexeu com a minha masculinidade, e a tua pele sedosa envolveu-me como numa rede de paixão; agitando e borbulhando os meus instintos afrodisíacos, nas minhas imagens fantasísticas e nos meus desejos orgásticos... Só a psicanálise de Freud e de Lacan para explicar tanto prazer que eu tenho só em te olhar vestida; mas se nos amarmos debaixo de uma lua prateada, enluarando os nossos pensamentos voluptuosos, haverei de me perder entre as estrelas mais rutilantes... Amar-te-ei como um poeta sonhador, diplomando-te como a minha segunda musa; mas não queira substituir o meu amor pela primeira musa; pois este meu amor carioca está eternizado... Mas te farei todos os dengos, todas as carícias e meu amor serão vertentes...
Eu sei que as nossas vidas estão complexas, e que os nossos encontros amorosos serão raros; mas sei, também, que a cada encontro nosso, eu te amarei com novos jeitos loucos – elevando o teu entusiasmo e o teu contentamento... Serei uma preciosidade de emoções calorentas, confirmando, a todo instante, a excitação que sinto em vê-la... Desejar-te mais é cair na tolice de me embasbacar... Quero te amar sem escândalos, sigilosamente, na mansuetude dos deuses...
Que o nosso amor seja eterno enquanto dure, posto que seja chama; como bem poetou o nosso saudoso Vinícius de Moraes; mas que estremeça camas redondas e palpite os nossos corações apaixonados... Eu preciso me desculpar da minha agressividade emocional; mas quando eu me sinto rejeitado, sou a fúria de um furacão... Eu precisava do teu perdão; pois não tenho dormido em paz... Uma donzela tão delicada não merece ser açoitada por um artista, ainda que a minha extrapolação tenha sido do poeta da loucura...
Vamos ser felizes no nosso momento: serei fiel tanto quanto tu fores a mim, e te farei a mulher mais desejável do mundo – sempre que estiver nos meus braços... E te confesso que o meu pensamento anda meio dividido: tenho pensado muito na tua adorável presença feminina...







FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 17/09/2010
Alterado em 18/09/2010
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