ONDAS DO MAR
E os tsunamis ingentes envolvendo o semblante das máscaras da vergonha, onde as indigestas irreflexões da praia do Arpoador, enegrecidas pela malandragem preta suburbana, coagulam as levitações dos surfistas da praia de Copacabana – no contorno das gravitações ignóbeis... Elevações subterrâneas fantasísticas de um mar surrealista, que produz ondulações similares às ondas eletromagnéticas do meu cérebro abaulado de tristezas, condicionam as paisagens psicodélicas de um destino obscurecido de solidões empedernidas e nefastas... Ondas do mar da praia de Copacabana são abissais subconscientes de um passado agônico, que ficou descrito na memória de um amor impoluto, desgovernado pela imprecisão incompetente das assombrações cotidianas cariocas...
Ventanias em impulsões de amores adocicados nas guloseimas das paixões eletrizantes encobrem as ondas do mar da praia de Copacabana, enquanto silenciosas e opacas solidões dos arranha-céus multiplicam gemidos esotéricos em circenses acrobacias vespertinas... E as significações marítimas nos navios cargueiros, que atravessam muito sinuosamente as teatralizações da praia de Copacabana, são imagens cinematográficas de uma dissertação bucólica... E o balanço das ondas surfísticas, ondulando os desejos de uma liberdade onírica, propicia um cenário cartunista com mensagens vibratórias e mediúnicas... E a multidão, sobre as areias volumosas e férvidas, presencia, de forma alegórica, as movimentações sinuosas das ondas do mar vertiginoso da praia de Copacabana – a mais bela de todas!
Os segredos amorenados das águas esverdeadas das ondas do mar da praia de Copacabana são como os pássaros que chegam e partem em revoadas cúmplices... E as crianças, criaturinhas incautas, brincam despreocupadas sob o sol incandescente, enquanto os surfistas deslizam, com as suas pranchas psicodélicas, sobre as ondulações incontestáveis das ondas do mar da praia de Copacabana... E trocando idéias, os amantes cariocas observam a movimentação dos milhares de turistas extasiados com as belezas da praia de Copacabana... E os salva-vidas, que são anjos de guardas dos banhistas, ativam-se nas intercalações dos inumeráveis salvamentos que precisam fazer; e que ainda encontram a resistência de alguns banhistas loucos e arrogantes – que acham que não precisam de ajuda, ainda que estejam literalmente espumando sonhos...
E as ondas espelhadas nas idealizações escamoteadas nas irrealidades industrializadas impulsionam as incríveis elasticidades destas imagens compulsivas destes cotidianos caleidoscópicos urbanos do bairro de Copacabana, especificamente na Galeria Menescal, onde se come o melhor quibe da cidade do Rio de Janeiro... As ondas do mar da praia de Copacabana não são imensas como as ondas do Havaí; mas deslumbram em fascínio os olhares aguçados dos transeuntes acalorados de energizações solares... E os meninos dourados, com corpos esculturais, aliados ao panorâmico turístico da praia de Copacabana, são desejos insaciáveis de uma platéia em deslumbramento...
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Alterado em 18/09/2010