DESEJO DE AMAR
Esta euforia incandescente que desafia as leis da gravidade, que especula as lamúrias dos corações debulhados nos oceanos das saudades, desativando as frígidas geadas das paixões desfolhadas, aumenta esta múltipla intensidade de amar as emoções correlacionadas aos inefáveis sentimentos do amor inumano... Onde há sentimentalismos, estarei lubrificando o meu sóbrio coração apaixonado nas singelas emoções garridas; num amor impoluto que se dissemina ao mundo inteiro... Esta volição de me distribuir em trilhões de opúsculos, saciando este desejo de amar esta humanidade sedentária, maltrapilha e adoentada física e mentalmente... Sou um furacão da libertação de todos os povos do planeta, anunciando o Sistema Ecomunitarista: ecologia e todas as comunidades contíguas, alicerçando uma nova ordem mundial tão almejada por todos estes artistas vanguardeiros e revolucionários – e os silêncios são sinistros...
Este desejo de amar caridoso excepcional, que me faz sofrer lamúrias cotidianas, denuncia a minha flagrante impaciência no desenrolar das coisas, pois a indolência das revoluções culturais, devido a uma política reacionária, incendeia o meu coração de lástimas vis... Quero amar o meu povo, em cativeiro capitalista, como quem ama a mulher amada num jardim florido de tulipas... Quero enfrentar os inimigos do meu povo com as espadas relampejantes da inteligência psicanalítica mediúnica... E que os meus versos pungentes estremeçam os alicerces da religiosidade lucífera, onde os crápulas escondem os seus delitos repugnantes... E é com as foices da razão ecológica, disseminando a divina cientificidade filosófica do Espiritismo, que introduzirei o meu idealismo de artista sonhador...
Este desejo de amar incontrolável, estas nuvens de emoções gotejantes, espalhando o fel da terra às bocas famintas de instituições caridosas e de órgãos vivos governamentais de apoio à cultura, de apoio aos artistas pobres talentosos à mercê da sorte... Mas as sombras capitalistas ainda estão nublando a nova era espiritual, como espectros turvando as almas impolutas... Se sofrermos as dores mais infindas é porque se abrirão subterrâneos das felicidades mais cobiçadas aos puros de coração... E nós saberemos valorizar os ventos mais venturosos como se fôssemos gôndolas navegando por Veneza...
Ah, este fascínio de amar o meu povo, ainda que eu sofra perseguições criminosas, desprende-se suavemente pelas constelações azuis estelares destes corações mansos, despontando as enigmáticas evoluções articuladas nestes corredores estreitos dos labirintos subconscientes das minhas artes pungentes... E os artifícios lucíferos, das máfias ultra-organizadas, são borrões apagáveis nas paredes límpidas da confraternização universal... Amar te amando, ó meu povo humilde, sempre foi e sempre será o estandarte da minha arte pellisoliana... Que os carrascos da humanidade se deleitem por mais um pouco, não importa; pois a vanguarda científica do amor ao próximo está próxima...
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Alterado em 18/09/2010