LOUCURA PROFUNDA
Labirintos subterrâneos do subconsciente pellisoliano absorvem, freneticamente, a rapidez dos meus pensamentos profundos, onde a psicanálise freudiana e lacaniana não pode penetrar... E o meu psiquismo maníaco depressivo conhecido atualmente por Transtorno Bipolar, ou distúrbio do humor, é um leque de emoções engolidoras de tragédias humanas psicodélicas... Escavando fundamente o meu aparelho mental, atravessando os estreitos corredores do meu subconsciente, pode nos deparar com o meu vanguardeiro Superid – que mantém o meu espírito paranormal interligado, ativamente, ao mundo espiritual... A minha realidade cotidiana está além das expectativas das ilusões da matéria, estando os meus pensamentos subtendidos aos clarões da espiritualidade: quero dizer que a minha realidade das coisas é espiritual, ainda que o meu espírito esteja confinado ao corpo material de uma forma rápida e momentânea... Latifundiários do meu subconsciente - subdividido por trilhões de labirintos literários e artísticos - esbanjam as inflexibilidades da psicanálise destituídas de inclusões fantasísticas, nesta minha impenetrabilidade psicossomática irreverente do pensar...
Neste meu mundo lunático, onde eu sou o príncipe das loucuras escarpadas, não há espaço aos questionamentos psicanalíticos controvertidos e incabíveis aos meus reflexos pós-modernos das encenações teatrais antropológicas... Posso ser considerado uma embarcação de pensamentos profundos, desconsiderando a noção dos limites: sou um furacão indigesto e imprevisível nas minhas instalações circunflexas de desejos insaciáveis... E a astronomia dos meus sonhos pellisolianos desenha um buraco negro na infantilidade da astrologia, impulsionando-se numa magia de verdade muito mais louca que toda a loucura das incógnitas psiquiátricas... As enchentes, os tsunamis, os maremotos e os terremotos do subconsciente pellisoliano são catástrofes psicológicas hexadimensionais, extrapolando as infelicidades cotidianas no influxo das angústias...
Incêndios herméticos, estropiando as minhas agonias adúlteras, estigmatizados numa linguagem metafórica, vão diluindo as impulsões lingüísticas acobertadas nos labirintos da minha loucura profunda... Sabedorias milenares não podem assimilar o teor desta minha loucura encrespada nos redemoinhos turbulentos da inconsciência mitológica das transversais agonizantes pellisolianas... Depósitos destes meus fracassos acumulados pelas paixões inglórias são reflexos dos estilhaços espelhados de mágoas... Revestimento de tédio, acoplado nas desilusões destroçadas, desestimula os ventos da minha reação Livre-expressionista... O meu pensamento é louco porque a minha loucura profunda é a paranormalidade da minha mediunidade aguçada, ainda que a psiquiatria pense que eu deva, obrigatoriamente, ingerir medicamentos até a hora da minha morte: e os controlados, que provocam dependência química, já fazem parte da minha vida como uma noite chapada - escuridão dos meus dias nevoentos e entediados...
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Alterado em 18/09/2010