Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Meu Diário
06/10/2010 23h58
MAIS ADOLESCERES
 
Devo esclarecer aos leitores que eu e a minha lindinha não fazíamos sexo; só sarrinhos orgásticos... A minha estúpida vergonha de me despir diante dos outros, devido a minha doença de pele, me fazia recuar às investidas da minha bonequinha: o pior de tudo é que a minha louca namoradinha começou a transar com a cidade inteira; e isto me deixava profundamente depressivo... Passou a ser caroneira de motoqueiros arruaceiros e maconheiros... E eu estudava os meus livros, sempre pesquisando o saber do conhecimento humano e sobre-humano... Mas estava sempre disponível à minha lindinha: quando ela queria sair à noite ao cinema ou ir à boate, sua mãe, que era alcoólatra e fumante inveterada, só permitia as suas saídas noturnas acompanhada da minha digníssima pessoa...
Eu fui ensinado a fumar, pasmem, pela minha tia (irmã da minha mãe), com apenas 9 anos de idade... Depois que eu aprendi a fumar com a titia “maravilhosa”, comecei a ir ao campo de futebol do Internacional de Santa Maria... Sabem o que eu fazia? Pois bem, eu ficava embaixo das arquibancadas, pegando as baganas de cigarros... É evidente que eu fumava tudo até queimar os dedos... Depois de algum tempo, a minha mãe descobriu que eu fumava os cigarros dos outros; pois não é que ela passou a me comprar um maço de cigarros por dia – pois que eu não fumasse o cigarro dos estranhos... E foi assim que eu me tornei um estúpido fumante precoce... Quando a minha mãe não me dava dinheiro para comprar cigarros, sabem o que eu fazia? Pois é, eu filava um cigarro de cada fumante até completar um maço de cigarros: e saía todo faceiro, com 20 cigarros na minha carteira que antes estava vazia...
Os anos passavam. Eu estava completando 16 anos de idade, e a minha lindinha 12 anos de idade... Havia mudado muito o seu caráter devido ao ambiente péssimo da pensão, onde morava com sua mãe, sempre cheia de homens fumantes e bêbados... As suas andanças com os motoqueiros da cidade, que usavam drogas, a viciaram em maconha e cocaína: começou cheirando, e depois se injetando... A minha lindinha não prestava mais atenção em mim; e eu mais apaixonado do que nunca: ela ficava a cada dia mais exuberante, mais escultural e mais bela... Fiquei a pensar numa maneira de fazê-la a se interessar por mim... De tanto pensar, percebi que só havia uma maneira de tirar a minha bonequinha dos motoqueiros: tornar-me um motoqueiro, e o melhor de todos os motoqueiros de Santa Maria... Fiquei 1 ano convencendo a minha mãe a me comprar uma moto Yamarra importada: exatamente com 17 anos de idade tornei-me um motoqueiro, que ficaria conhecido na cidade inteira como o “Gomes Louco”... Amanhã, eu continuarei narrando as peripécias de um motoqueiro aloucado...
 
 
 
                             
Publicado por FERNANDO PELLISOLI
em 06/10/2010 às 23h58