Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
44. PENITENCIÁRIAS


As penitenciárias, a maioria delas, está inchada de criminosos apenados, morando dezenas por uma cela; sem ter nenhuma séria atividade utilitária, relacionada à aptidão do insubstituível trabalho operacional e cultural...
A prisão dos elementos nocivos à sociedade tem que primar pelo objetivo de recuperar os aprisionados; dando as condições necessárias de restabelecimento intelectual e moral em penitenciárias aparelhadas de sérias habilitações...
Nos Sistemas Capitalistas, em regimes democrático-representativos, nós temos a vergonhosa contaminação dos criminosos mais perigosos aos demais, não perigosos, porque a amontoação dos presos é inevitável nestes tipos de sistemas prisionais – onde a criminalidade circula entre as selas... As drogas e os telefones celulares, para só operar o tráfico dos famigerados entorpecentes, são de fáceis acessos nestas vis estruturas prediais, que estão caindo aos pedaços...
Não posso deixar de expressar é que existem algumas penitenciárias mais apropriadas à recuperação do preso; mas elas são raras e não servem de exemplos positivos ao sistema penitenciário brasileiro, que é aberrante e péssimo...
O criminoso que alcança a sua liberdade, na maioria dos casos, volta à criminalidade; com um espírito mais inclinado às violências ainda maiores, pois tendo sido tratado como um animal sarnento, não poderia reagir de forma melhor...
No Sistema Ecomunitarista, os velhos presídios devem apresentar condições de uso, sendo vistoriados e reformados os que apresentarem recuperações: os que estiverem muito inviáveis para oferecer comodidades decentes terão que ser derrubados, sendo construídos novos nestes lugares...
Num sistema prisional Ecomunitário deve haver espaço razoável nas selas, com acomodações individuais, espaço para os exercícios físicos, espaço para trabalhar e espaço para o lazer cultural dos apenados; sem esquecer-se dos refeitórios...
Não querendo pedir muito, os carcereiros deverão ser policiais habituados a lidar com a população do crime, sempre habilitados na experiência do crime; para que as insólitas contravenções não surjam debaixo do nariz da lei...
É lógico que buscar a perfeição custa dinheiro, muito trabalho e operacionalidades competentes: mas é, portanto, no Ecomunitarismo que o nosso povo brasileiro encontrará as cabíveis soluções e os subsídios necessários ás mudanças...
Temos que criar um mundo novo, pois não podemos esquecer-nos dos nossos presídios tão jogados às traças, a exterminar com o que resta das mentes doentias em vil desamparo... Pois precisaremos de médicos e psiquiatras à disposição dos enjaulados; ainda que o pouco custe muito...
É óbvio que vamos precisar de tempo e organização política, para alçarmos um mundo melhor e mais justo; mas um novo Sistema de Coisas não se edifica num piscar de olhos, pois temos que arregaçar as mangas e só trabalhar... O mais relevante de tudo é que estaremos construindo um novo mundo, com as nossas mãos, e somos nós que vamos mandar; sem a intervenção dos politiqueiros carreiristas e corruptos...
As construções de um futuro promissor é acreditar nas nossas potencialidades, executando o nosso poder político – poder este que vai se disseminar ao mundo inteiro...









FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 07/04/2011
Comentários