Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
QUEM SOU EU?


Um artista polivalente capacitado a exercer inúmeras atividades artísticas e literárias; embora a vida pétrea tenha me propiciado um destino tragicômico: por amor às minhas artes, sempre tentei não ser homem dependente; muito embora, nunca tenha conseguido... E minha mãe me tem sido um verdadeiro Mecenas, ainda que de forma humilde e comedida; mas sem o seu apoio financeiro, jamais teria conseguido coisa alguma nos meus objetivos...
Sou autodidata em todas as minhas atividades que me envolvem com as artes: nas artes plásticas, sou o precursor do Livre-Expressionismo, tendo adquirido técnicas próprias para desenvolver as minhas pinturas, os meus desenhos e as minhas esculturas... Na pintura, e em técnicas mistas, passei a fazer uso da espátula como o principal instrumento motivador da criação artística... Nas minhas pequenas esculturas terracotas, eu uso as mãos e um estilete para fazer as modelagens das formas idealizadas nos Onirismos...
Estive, por muito tempo, nas noites cariocas e nas noites santa-marienses, apresentando o meu trabalho como dançarino, precursor da dança Livre-Expressionista: uma dança diferenciada onde eu executo os meus movimentos ritmados sem o uso de coreografia, sem o conhecimento do repertório musical, fazendo o uso apenas do improviso corporal: uma dança impossível de ser imitada... O som musical me entra pelos meus ouvidos aguçados, e o ritmo musical me entra pelos meus pés, incendiando o corpo inteiro...
As minhas atividades como ator foram no Teatro Tapume em Botafogo (Rio de Janeiro), Teatro Dirceu de Matos em Rio Comprido (Rio de Janeiro), UFSM (Curso acadêmico de Artes Cênicas) e na minha antiga Rede Gafforelli, onde desenvolvi o Teatro da Loucura, dirigindo os meus próprios espetáculos teatrais... No meu Teatro da Loucura, a encenação tragicômica vem, quase que sempre, acompanhada da dança Livre-Expressionista... O Teatro da Loucura é desenvolvido através de monólogos, tendo no improviso o desenvolvimento ilógico da espinha dorsal dos espetáculos cênicos... Sou o precursor do Teatro da Loucura, sendo uma conseqüência do Teatro do Absurdo de Corpo Santo – que também é um artista gaúcho... Como Dramaturgo, escrevo os meus monólogos apenas para a leitura dos leitores de peças teatrais; mas nunca sigo à risca a trajetória textual nos meus espetáculos, e tenho sido o único ator a interpretar os meus monólogos... Pretendo escrever uma novela, contando com o enredo da minha autobiografia... Participei, por dois anos seguidos, de novelas da Rede Globo, com insignificantes pontas...
As minhas atividades como jornalista foram em jornais cariocas e em jornais santa-marienses... Fiz reportagens especiais em carnavais no sambódromo carioca e no Scala do Chico Recarey, entrevistando as celebridades das artes e dos esportes brasileiros... Nos jornais santa-marienses fui, por um logo tempo, colunista social; assinando a coluna Voz de Artista, onde eu sempre abordava temas variados... Quando eu fui empresário em Santa Maria, eu, único dono da Rede Gafforelli, pensei em editar um jornal, uma agenda de negócios e a revista Gafforelli; mas os meus sonhos foram interrompidos por saqueadores: perdi todo o meu patrimônio e queimaram o meu currículo com mais de trezentas páginas – trinta anos de serviços prestados à comunidade brasileira...
Sou um estudioso do Espiritismo por longos oito anos, e tornei-me um espiritista ferrenho; tanto que me considero um filósofo e um pensador espiritista... E, depois de ter penetrado na senda do Espiritismo, as minhas artes, que já eram um pouco espiritualizadas, tornaram-se espiritistas... Tenho escrito algumas obras literárias sobre a relevância do Espiritismo na vida das pessoas ainda iludidas com as ilusões do materialismo tecnológico – que são muito perigosas...
Sou um pesquisador autodidata, pois, no período que cursei Direito, Letras e Artes Cênicas, pude perceber a ineficiência dos estudos acadêmicos, desmotivados pelo abandono governamental à educação brasileira... Tenho sido um pesquisador das minhas artes, de assuntos variados, correlacionados à minha existência complexa, e um ingente pesquisador da ciência espírita... A minha necessidade de me buscar, nas informações específicas e as generalizadas, é inerente ao meu espírito inteligente e inovador...
Tendo, em minhas artes, a constituição de normas específicas e próprias, disponho de vários conhecimentos autodidatas; que me possibilitam passar novas informações ao público leigo interessado em novos aprendizados... E as minhas palestras são apropriadas às pessoas jovens – que ainda não descobriram o rumo a seguir nesta longa estrada da existência humana, ainda que muito breves sejam as minhas conceituações políticas e filosóficas...
Sou um produtor artístico, tendo produzido alguns espetáculos artísticos em Santa Maria... Fui proprietário da Pellisoli Produções, e o espetáculo que mais gostei de ter tido a oportunidade de realizar foi “Beto Pires e as Mil e Uma Noites”... Produzir bilhetes, produzir cartazes dos artistas, divulgação destes espetáculos, contratarem os profissionais do som e da segurança, contratar alguns atendentes ao trabalho de atendimento de bebidas, etc. E, por fim, fazer as apresentações necessárias, nos intervalos dos espetáculos, e manter o público motivado às atividades da produção e das festividades artísticas... Assim é que vou aprendendo...
Sou um compositor: sendo um poeta, não poderia deixar de escrever as minhas letras... Tinha centenas de letras que desapareceram junto com a minha empresa: ainda não recomecei a escrever novas composições; mas devo voltar a escrevê-las oportunamente... As minhas letras são exclusivamente para MPB...
Quando fui produtor artístico, tornei-me um talentoso comunicador, expressando as minhas emoções de forma clara e objetiva... É mais uma característica da minha personalidade artística polivalente...
Sou um crítico interessante, dotado de uma tendência espiritualista em analisar o pensamento artístico humano, não deixando nada a desejar... Tenho sido (essencialmente) um crítico magnífico à política brasileira... E tenho feito algumas críticas, um pouco severas, a alguns poetas desta enlouquecida pós-modernidade... E eu tenho dito...
Não posso deixar de confessar: sou um escritor e um poeta, escrevendo 14 horas por dia... O meu destino artístico e literário é bastante tumultuado e sofrido: a compensação que tenho (em não ser um artista mercantilista) são sabedorias de perceber que os grandes artistas da nossa humanidade foram, sem exceção, homens muitos sofríveis... A verdadeira arte é uma espécie de condenação expiatória... É uma oportunidade única e dinâmica à evolução do espírito...
Em tudo o que sei fazer, sou poeta... A poesia é a única linguagem figurada, configurando os espaços lúdicos da criação artística: quem sou eu? Sou o Poeta da Loucura do pós-modernismo; evitando me enlouquecerem...






 
FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 17/09/2010
Alterado em 15/06/2015
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