Fernando Pellisoli
Sou o Poeta da Loucura da Pós-modernidade
Textos
SUSPENSES ARDILOSOS


Idiossincrasias abastecem o meu idiotismo funerário de despertar as sincronias magnetizantes da aurora, elevando uma multidão de destroços subterrâneos acoplados na inexistência ilógica das magnólias douradas – como se elas fossem os famigerados girassóis do holandês Vincent Van Gogh; ou coisa muito parecida... Mas o que me importa as magnólias douradas se os corações estraçalhados dos trabalhadores assalariados multiplicam os desgostos loucos e infelicitantes de aporrinhações cotidianas, desativando os mecanismos das idealidades democráticas? E quantas mil cegonhas são abatidas por dia, para amenizar a crise petrolífera, inflacionando o leite das criancinhas angelicais famintas, desmotivadas de alegrias num raquitismo vil e aterrorizante... Silenciadores de emoções, com fuzilamentos mentais repressores, estipulando as artimanhas e as trapaças de um maquinismo jornalístico desarticulador; como se as pessoas humildes não ousassem a pensar...
Indumentárias dos hospícios televisivos, com estas programações alienantes e broxantes, industrializam as teatralizações novelísticas burguesas, humilhando e promovendo o psiquismo invejoso naquela maioria que não tem acesso aos prazeres do mundo material: e a sabedoria do mundo espiritual, onde todos existem na vida espiritual eterna e real, são entulhos empilhados no lixão da ignorância televisiva mercantilista... E as versificações grotescas dos poetas materialistas comungam com as idéias obsoletas do instrumentalismo esdrúxulo capitalista, aguando os corações dissecados nas mentalidades obscenas... E as visualizações ergométricas das instalações geométricas de um psiquismo hermético, escandalizadas nestas óperas destas seduções substancialmente burguesas; supliciam as verticulações dos jardins da esperança amarelecida...
Adulterações de ideogramas, complexando as suaves fuselagens malogradas, alterando os estrábicos subterfúgios eletromagnéticos dos olhares ablastêmicos... Supostamente, enfrentamentos multiplicam a vivacidade destas minhas eloqüências verbais subjuntivas, instigando estas vossas indeterminações mentais sobrenaturais; num futurismo encharcado de genialidades inexplicáveis... Desconfianças estropiadas de uma conduta aloucada podem causar interpretações fundamentalistas, onde este sino, prisioneiro da religiosidade, badalando desconfiômetros, atormenta esta subjetividade dos artistas abstracionistas surrealistas... O túmulo do esquecimento intelectual dos extremistas muito cavernosos ultrapassa os distanciamentos psicossomáticos de uma psicologia voltada aos excepcionais de escol...
Montanhas de cerebelos abaulados nestas tristezas cotidianas, ondulando vibrações esotéricas, produzem-nos insopitáveis adestramentos intelectuais de uma puerilidade intensa e comovente... E estas manchetes casuais destas artimanhas governamentais, induzindo ao ópio religioso, são sobremesas de aguardente tomadas no gargalo... E eu que sou apenas o poeta da loucura descrevo os amanhãs contorcidos nas auréolas do ser imaginário: mas que um dia será a identidade da unificação dos povos...

FERNANDO PELLISOLI
Enviado por FERNANDO PELLISOLI em 16/09/2010
Alterado em 18/09/2010
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